Desenvolvimento Pessoal

Como será o futuro do trabalho em 2050

Pesquisadores do Laboratório do Futuro do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) desenvolveram um estudo sobre o futuro do trabalho e da tecnologia até 2050. O estudo projetou três cenários considerando a evolução tecnológica atual e suas possíveis consequências.

O primeiro cenário, intitulado “É Complicado – Uma Mistura”, reflete a realidade atual em que alguns países adotam tecnologias de forma mais rápida do que outros. O Brasil se enquadra no segundo grupo, que tende a demorar mais para implementar novas tecnologias. Nesse cenário, o impacto tecnológico é presente, mas ainda não causa desemprego em grande escala. O poder das grandes empresas também aumenta, muitas vezes superando o controle governamental.

O estudo também apresenta um segundo cenário, denominado “Agitação Político-Econômica”, que é ainda mais pessimista. Esse cenário se assemelha à situação atual do Brasil, com alto desemprego e dificuldades do governo em prever o impacto das tecnologias na política. A automação ocorre em uma velocidade maior do que o previsto, resultando em desemprego em várias partes do mundo e em uma busca por lucros rápidos por parte dos governos e empresários.

No terceiro cenário, chamado “Se os Humanos Fossem Livres – A Economia da Autorrealização”, a perspectiva é mais positiva. A ideia é que os governos se antecipem ao avanço da inteligência artificial (IA) e promovam a renda básica universal, permitindo que as pessoas se concentrem na autorrealização e na busca de suas paixões. Nesse cenário, a automação cria mais empregos do que destrói, e as novas tecnologias impulsionam a produtividade e reduzem os custos de produção.

O estudo também propõe 100 iniciativas para enfrentar os desafios futuros, abrangendo governo, empresas, ciência, educação e cultura. Sugere a criação de uma agência nacional de prospecção e avaliação tecnológica para antecipar e avaliar o impacto das futuras tecnologias na sociedade. Na área da educação, recomenda a inclusão do ensino do futuro como disciplina e o uso de robôs e inteligência artificial para melhorar a educação ao longo do tempo.

Os pesquisadores enfatizam a importância de abraçar as novas tecnologias como oportunidades e estarem preparados para as mudanças que elas trarão.